Fragmentação socioespacial e consumo na periferia de São Paulo
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Resumen
A fragmentação socioespacial é um processo multidimensional e complexo. A polissemia que acompanha a palavra fragmentação, desde a escala internacional, no plano geopolítico, até a escala da cidade, valorizando os aspectos sociais, políticos, econômicos ou culturais, mostra a amplitude do processo, mas, ao mesmo tempo, exige atenção conceitual e metodológica. Neste artigo, analisamos o processo de fragmentação socioespacial no espaço urbano, a partir da perspectiva dos habitantes da periferia, que se estabeleceram e permanecem na ordem espacial do período anterior, o centro-periferia, e enfrentam os desafios de integração e convivência na cidade fragmentada. A base empírica da análise assenta-se em entrevistas realizadas com moradores do bairro de Pimentas, na cidade de Guarulhos, Estado de São Paulo, Brasil. Duas escalas urbanas, a da cidade e a da metrópole, são vistas a partir das escolhas espaciais feitas para o consumo de bens e serviços. A análise contempla as relações entre condição periférica e consumo, entre consumo e centralidade e, por fim, sobre a construção da ideia de centro na periferia.