Poemas prismáticos: Pessoa e Pessanha

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Horácio Costa

Resumen

Toda uma linhagem analítica, abstrativizante, todo um sentido de espaço brota com Cézanne, e ramifica como os seus pinheiros, um deles, uma imagem que viaja em mim desde a infância. Cézanne está para a “imaterialização” do olhar, do olhar que se desprende do tema, do objeto, da anedota, uma vertente perseguida de geração em geração na arte moderna. Na verdade, Cézanne talvez possa entrar para o contexto de formação da sensibilidade da arte moderna não apenas como o inventor desse novo olhar “imaterializador”, mas como o pintor que, num movimento de sentido contrário, primeiro procurou materializar, sem lançar mão a legendas ou narrativas de qualquer sorte, o invisível, e particularmente a luz até então funcional para a descrição volumétrica ou simbólica da representação pictórica, tornando-a visível, como problema de base para uma nova visualidade. Quando essa sensibilidade deveras nova adentra a escritura da poesia em português?

Detalles del artículo

Cómo citar
Costa, H. (2011). Poemas prismáticos: Pessoa e Pessanha. Nuevas Poligrafías. Revista De Teoría Literaria Y Literatura Comparada, (1), 4–16. https://doi.org/10.22201/ffyl.poligrafiasnuevaepoca.2011.1.1648
Sección
Artículos